Conversando com uma das poucas pessoas que posso chamar de amiga hoje, nos pegamos com a mesma sensação. Não tínhamos mais vontade de ver muitos daqueles que um dia chamamos de nossos amigos. A princípio não entendíamos muito bem a razão disso, mas depois nos demos conta de que simplesmente aquelas pessoas não tinham mais nada a ver com a gente. Aquelas pessoas simplesmente não combinavam mais com quem nós éramos hoje.
Talvez, lá atrás, fizesse sentido sair com elas no fim de semana, marcas jantares, contar sobre a vida, fazer planos de viagens. Hoje, no entanto, isso já não faz mais sentido nenhum. E está tudo bem. Não precisamos de um cardápio de amigos para sermos felizes e não devemos nos sentir culpados por sermos mais seletivos.
Amigos são muito importantes, mas o primordial não é a quantidade e sim a qualidade. O que realmente faz deles nossos amigos é se estão ao nosso lado quando precisamos, se sabemos que podemos contar nossas inseguranças e sonhos sem medo de sermos julgados, se temos a certeza de que ali existe uma conexão verdadeira.
Hoje, tenho alguns poucos amigos. Provavelmente não consigo preencher duas mãos, mas me sinto plena e satisfeita. Esses poucos que me restam são aqueles que tenho certeza de que levarei comigo pelo resto da vida. São poucos, mas são aqueles que valem muito.