Como aprender a confrontar as próprias emoções negativas, compreendendo o papel fundamental do sofrimento no processo de autoconhecimento e amadurecimento.

“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.” – William Shakespeare

Ao contrário de aves, peixes anfíbios e répteis, os mamíferos desenvolveram um cérebro dotado de complexidade afetiva, ou seja, o raciocínio lógico e a racionalidade originaram uma vasta gama de sentimentos – positivos e negativos. Os seres humanos, como mamíferos altamente evoluídos, estão continuamente submetidos a emoções relacionadas a aspectos moraisculturaissociaiséticos e religiosos. Esses sentimentos, muitas vezes ambíguos e conflitantes, podem gerar vários sintomas: medo, confusão, estresse, sensação de impotência e depressão, sensações frequentemente associadas à muita dor e sofrimento.

O ser humano em geral procura evitar sofrer a todo custo, seja essa dor física ou emocional. Não é à toa que, ao longo dos séculos, a Medicina vem desenvolvendo inúmeros remédios e terapias para amenizar ou evitar os mais diversos tipos de dores.

A linguagem humana relaciona dores físicas e emocionais em todos os idiomas; na língua portuguesa, expressões como aperto no peito, nó na garganta e dor no coração são apenas alguns exemplos. Com os recentes avanços da tecnologia de neuroimagem, porém, os cientistas puderam verificar que a ligação entre sofrimento físico e mental não é apenas semântica; de fato, esses dois sofrimentos compartilham regiões cerebrais específicas, como a porção anterior da ínsula, uma zona cerebral responsável pela consciência afetiva.

Essa descoberta foi feita através de um experimento de pesquisadores da University of Michigan (PSYCHOLOGICAL SCIENCE, 2019). Eles recrutaram 40 voluntários recém-separados e os submeteram tanto a condições de dor física, imergindo seus braços em água quente, quanto de dor emocional, confrontando-os com fotos dos ex-parceiros acompanhadas por frases de rejeição. Todo o processo foi monitorado através de exames de Ressonância Magnética Funcional, que revelaram uma clara superposição entre as regiões cerebrais afetadas pelas memórias tristes e pela quase queimadura.

As imagens obtidas levaram os estudiosos à conclusão de que não apenas a dor física se manifesta nas emoções, mas a dor emocional também é fisicamente sentida.

Dor x Sofrimento

“Se quiséssemos ser apenas felizes, isso não seria difícil. Mas como queremos ficar mais felizes do que os outros, é difícil, porque achamos os outros mais felizes do que realmente são.” – Barão de Montesquieu

Na prática clínica, o conceito geral de dor é o de um “sinal fornecido por tecidos corporais alterados”, isto é, a dor teoricamente aparece como uma manifestação de desajustes fisiológicos – esses, por sua vez, costumam ser diagnosticáveis através de técnicas auxiliares. No entanto, quando diversos exames não conseguem identificar pontualmente a fonte da dor, muitos médicos a relacionam a “questões psicológicas”, um nível frequentemente visto como imaginário ou “somente mental”.

A mente humana, porém, apresenta caráter fisiológico, ou seja, está imersa em um corpo – a ciência, inclusive, já analisa as origens e os efeitos das emoções no sistema neurológico, envolvendo todo o corpo humano. Nesse contexto, a Associação Internacional para o Estudo da Dor (The International Association for the Study of Pain – Iasp) apresenta a seguinte definição de dor: “uma experiência sensorial e emocional desagradável (…) possui dimensão profundamente subjetiva, por tratar-se de vivência” (IASP, 2019).

A dor é o primeiro estímulo relacionado ao sofrimento. A resposta de “dor” advém de um longo processo evolutivo, sendo filogeneticamente selecionada para indicar que algum estímulo nocivo ao organismo está ocorrendo, seja ele intrínseco ou extrínseco (LENT, 2001). A principal função da dor é preservar a integridade física do indivíduo (ANGELOTTI, 2001), e “não é difícil provar que um organismo reforçado pela remoção de certas condições, dentre elas a dor, teria uma vantagem na seleção natural” (SKINNER, 1974/1993, p. 190). Além disso, a dor também o levaria a “fugir de estímulos aversivos condicionados que chamamos de ‘ameaça’ de ferimento, ou seja, agindo pela esquiva” (p. 194).

O sofrimento, por sua vez, diz respeito a um conceito mais amplo, envolvendo diversas concepções conforme a época histórica e sociedade em questão. A cultura budista, por exemplo, o encara de forma integrada à vida social e à própria existência, enquanto a cultura ocidental admite diferentes intepretações sobre o modo de experimentá-lo.

Figura 1.0 Dor e sofrimento.
Figura 1.0 Dor e sofrimento.

Seja qual for a visão escolhida, é importante perceber que dor e sofrimento não são sinônimos.

O sofrimento está diretamente ligado aos sentimentos e sensações produzidos pela mente de uma pessoa diante de um fato, ou seja, varia de acordo com experiências pessoas e imaginação.

Assim, embora não possamos controlar tudo que acontece em nossas vidas, somos capazes de decidir como iremos encarar esses fatos, e é essa atitude que determina se sofreremos ou não.

A perda de um emprego, por exemplo, geralmente causa dor, mas não precisa provocar sofrimento. Se, em vez de lamentar a demissão, a pessoa percebê-la como uma oportunidade de tentar algo novo e melhor, a dor pode se transformar em impulso, motivação.

Sofrimento por antecipação

Existe ainda o chamado sofrimento por antecipação, quando a pessoa sofre antes mesmo de sentir dor, apenas pela expectativa de experimentá-la. A possibilidade de romper um relacionamento ou perder um ente querido, por exemplo, provoca um desespero psíquico muitas vezes mais doloroso do que perder de fato.

A imaginação humana costuma ser traidora e irracional, gerando medos imaginários e preocupações desmedidas. A dor é um fato, o sofrimento é o que esse fato desperta em nós.

O temor mais comum se resume no pensamento “e se”. Ele ocorre quando a mente passa a ruminar ideias como “E se isto acontecer? E se eu não conseguir fazer? E se eu nunca mais for feliz novamente?”Gradativamente, inúmeros “e se” tomam conta da cabeça, causando sintomas de ansiedade e prejudicando a atenção e o foco.

Tentar prever acontecimentos futuros certamente foi uma atividade mental bastante útil para a humanidade no passado, quando o medo levava nossos ancestrais a aprender com os erros e evitar os mesmos problemas. Esse velho mecanismo de proteção, no entanto, pode ser prejudicial quando nos faz desperdiçar energia e ferramentas mentais, como a capacidade de memorização e planejamento, imaginando catástrofes que provavelmente nunca ocorrerão.

A criação desses cenários baseados no medo, além de gerar ansiedade, também pode trazer grande sofrimento emocional.

 

Aceitação & vivência

“O sofrimento é o nosso meio de vida porque é o único meio através do qual temos consciência de existir, a lembrança dos sofrimentos passados nos é necessária como um testemunho, uma prova de que continuamos a manter a nossa identidade.” – Oscar Wilde

A dor em si não impõe sofrimento, mas é a interpretação cerebral – de modo consciente ou inconsciente – que nos faz sofrer diante de uma situação. De acordo com o psicanalista Caio Fabio, autor do livro “O que o sofrimento ensina: lições oferecidas por dores inevitáveis” (FABIO, 2018), a saúde plena é silenciosa, enquanto a dor é ruidosa. Fabio ensina que o bem-estar físico e mental gera uma sensação de estabilidade; a dor e o sofrimento, por outro lado, são gritantes e tiram o indivíduo da zona de conforto, sinalizando a existência de algo em desarmonia.

“Nessa hora, é necessário lembrar que a constatação ‘eu era feliz e não sabia’ é um sinal de inteligência, à medida que nós somos o único animal capaz de se sentir idiota. Porque nós temos uma consciência que é o tempo histórico, isto é, eu não vivo apenas o tempo, tenho percepção de passado, presente e desejo futuro” (CORTELLA, 2016, pp. 127, 128).

Animais feridos sentem dor, mas não experimentam sofrimento. Já os humanos, por serem dotados de consciência, processam a dor e, por isso, sofrem. Caio Fabio adverte, porém, que o sofrimento pode trazer grandes lições para quem não se entregar à autovitimização – assim como chegamos ao mundo chorando, podemos nos desenvolver também a partir de obstáculos e privações.

Ainda que ninguém queira sofrer, passar por situações difíceis pode trazer importantes ensinamentos, desenvolvendo qualidades como a perseverança e a resiliência – isso, porém, só é possível para aqueles que evitam remoer os problemas e quebram o “ciclo do sofrimento” de dor, medo e angústia.

“As pessoas sofrem. Elas não têm simplesmente dor – o sofrimento é muito mais que isso. Os seres humanos lutam contra suas formas de dor psicológica; suas emoções e pensamentos difíceis, suas lembranças desagradáveis, e suas necessidades e sensações não desejadas. Elas pensam nisto e se preocupam com isto, têm ressentimento disto, antecipam e temem isto (…) ao mesmo tempo demonstram uma enorme coragem, profunda compaixão e uma habilidade notável de seguir em frente mesmo a despeito de suas histórias pessoais difíceis. Mesmo sabendo que podem se machucar, os humanos amam outros humanos. Mesmo sabendo que vão morrer um dia, eles se preocupam com o seu futuro. Mesmo sabendo da falta de sentido em muitas coisas da vida, abraçam ideais” (HAYES & SMITH, 2005, p. 1).

Na cultura ocidental, expressar emoções é um ato tradicionalmente mal visto e associado a aspectos considerados negativos, como fraqueza e vulnerabilidade.

Condicionadas a não demonstrar sentimentos, as pessoas passam a crer erroneamente que reprimir-se ou “engolir o choro” é a forma correta e socialmente aceitável de gerir o lado emocional.

Existe, porém, uma enorme diferença entre reconhecer as emoções – principalmente as nocivas, como raiva, medo, inveja e mágoa -, vivenciando e gerenciando-as assertivamente, e tentar fugir do próprios sentimentos, alienando-se.

Paralelamente, para lidar de modo saudável com o sofrimento, é necessário antes de qualquer coisa fazer uma autoanálise, explorando as próprias sensações e ressignificando experiências ruins.  Esse processo de autoconhecimento e quebra de paradigmas pode converter um sentimento negativo em felicidade, em algo que desencadeie novas interpretações da vida, rompa com a inércia e promova renovação.

Embora seja totalmente compreensível a busca por alegria e contentamento, a capacidade de atravessar períodos de dor e sofrimento sem receio pode nos aproximar de nós mesmos – e quanto mais nos exploramos e aceitamos, mais evoluímos.

Os maus momentos e as aflições, no entanto, são repudiados no atual cenário de busca incontrolável pelo prazer. Busca-se o extremo nesse sentido, e essa obsessão opõe-se a qualquer tipo de dissabor. Essa visão hedonista da vida, embora ilusória, é bastante poderosa e ganha cada vez mais adeptos. Por causa dela, as pessoas tornam-se presas fáceis da falta de autoconsciência e empatia, não tolerando nenhuma das dificuldades que poderiam gerar amadurecimento e crescimento emocional no longo prazo. 

O filme Joker (Coringa), protagonizado por Joaquin Phoenix e dirigido por Todd Philips, retrata uma cidade (Gotham) bastante parecida com as grandes metrópoles mundiais: desigual e individualista. É nesse cenário que cresce e vive o jovem Arthur Fleck, que apesar da falta de traquejo social e do sofrimento causado pelo distúrbio da risada incontrolável, sonha em estrelar um famoso stand-up comedy.

Assim, em uma sociedade na qual a empatia é cada vez mais incomum, e a dor alheia é motivo de piada, Coringa desperta emoções novas nos espectadores: compaixão e sofrimento em vez de repulsa e terror.

Figura 1.1 Coringa.
Figura 1.1 Coringa.

No século 19 o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) já dizia que sofrer vai muito além dos sentimentos de dor ou angústia (CALÇADO, 2012). Na filosofia nietzschiana, sem sofrimento não há possibilidade de sucesso. “Não falem de dons ou talentos inatos”, Nietzsche escreveu. “Podemos listar muitas figuras importantes que não tinham talento, mas conquistaram seu mérito e transformaram-se em gênios. Elas fizeram isso superando dificuldades”. Por fim, o filósofo sentenciou: “Aquilo que não causa minha morte, torna-me mais forte” (NIETZSCHE, 2006).

 

ACT & flexibilidade psicológica

“Nenhum e nenhuma de nós é feliz o tempo todo. Aliás, uma pessoa que é feliz o tempo todo não é feliz, é tonta.” – Mario Sergio Cortella

A disponibilidade de explorar profundamente os próprios problemas é considerada uma das principais características de um indivíduo emocionalmente saudável.

Pessoas bem resolvidas do ponto de vista mental geralmente sentem-se mais confortáveis para conhecer e refletir sobre o seu lado obscuro, vulnerável, medroso e sensível a eventos externos e opiniões de terceiros.

Embora a maioria das pessoas prefira fugir e jamais encarar velhos traumas, reconhecê-los ainda é a única forma viável para superar as dores emocionais. Não se trata de perpetuar sentimentos desagradáveis, mas sim de aprender a atravessá-los. Para Rachel Naomi Remen, professora do Centro Osher de Medicina Integrativa da Universidade da Califórnia, em São Francisco, a dor que não cessa é aquela que não foi sentida, vista e reconhecida. Em seu livro “As Bênçãos do Meu Avô” (REMEN, 2001), Rachel ensina que “cada grande perda exige que façamos uma nova opção pela vida. Para tanto, precisamos sofrer e lamentar. A dor que não é sofrida transforma-se numa barreira entre nós e a vida. Quando não sofremos a dor, uma parte nossa fica presa ao passado, como a mulher de Lot que, no relato da Bíblia, ao olhar para trás transformou-se em estátua de sal”.

Apesar disso, muitas vezes tememos entrar em contato com lembranças especialmente dolorosas. Acreditamos que seremos devastados por elas, quando na realidade é justamente sentindo a dor que ela é processada e dissolvida. A aproximação afetiva do que nos machucou não enfraquece, pelo contrário: penetrar na dor e sair dela melhor do que antes é fundamental para deixar de sofrer.

Geralmente aquilo que nos causa dor é algo que não gostamos de confrontar e admitir. A questão central aí é que a maioria das pessoas associa erroneamente o sofrimento ao fracasso, enquanto sofrer é de fato uma parte indispensável da rota de cura. Portanto, para nos libertarmos de uma dor, é necessário antes de tudo aceitar sua existência, observando as próprias emoções com atenção e empatia. Por outro lado, quem tenta ignorar as mágoas do passado está condenado a revisitá-las no presente ou no futuro.

É importante notar que encarar a dor não é o mesmo que atirar-se em um precipício, mas um procedimento gradativo, que expõe o indivíduo apenas o suficiente para que ele consiga superar seu preconceito e repúdio quanto a ela.

Como uma experiência universal e inevitável, a dor – crônica ou transitória – demanda respostas conscientes para não virar um sofrimento severo. Existem atualmente vários métodos psicocognitivos para vencer a inflexibilidade psicológica, dentre os quais destaca-se a Terapia de Aceitação e Compromisso (Acceptance and Commitment Therapy – ACT).

A ACT busca promover a autoconsciência em substituição às estratégias psicológicas disfuncionais – quando uma pessoa não consegue lidar com frustrações e tenta de todas as formas evitar a dor. Trata-se de um tipo de intervenção (terapia) para que o indivíduo pare de lutar contra os próprios sentimentos (aceitação), identificando e aproximando-se (compromisso) de seus valores pessoais (HAYES et al., 2016).

Criada no fim da década de 1980 pelo psicólogo americano Steven Hayes, a ACT é um método de exposição prolongada e uma das principais correntes em psicoterapia cognitiva – as chamadas terapias de terceira onda. Estudiosos da ACT apontam a flexibilidade psicológica como fator-chave para uma vida significativa e plena, ou seja, a proposta não deve ser eliminar o sofrimento, mas sim seguir na direção do que é importante em nossa vida a despeito da dor. Na ACT as dores são, inclusive, parte do caminho para desfrutar de uma existência verdadeiramente valiosa.

A inflexibilidade psicológica, ao contrário, mantém-nos estagnados, combatendo sofrimentos que não desejamos experimentar.

Por conta dessa postura, não conseguimos nos mover na direção de nossos sonhos e ideais. Muitas vezes lutamos e esperamos que as emoções negativas sumam para então perseguir o que realmente importa para nós, perdendo tempo e deixando de desfrutar momentos prazerosos.

Um indivíduo flexível psicologicamente é aberto e vive no presente, sabendo o que é importante para si e disposto a perseguir a felicidade apesar dos obstáculos. Ele compreende que ter uma boa vida não é sinônimo de ausência de sofrimento. Nas palavras de Steven Hayes, “a dor não tem a função de nos matar, e sim transformar”.

Do mesmo modo que te abriste à alegria

abre-te agora ao sofrimento

que é fruto dela

e seu avesso ardente.

 

Do mesmo modo

que da alegria foste

ao fundo

e te perdeste nela

e te achaste

nessa perda

deixa que a dor se exerça agora

sem mentiras

nem desculpas

e em tua carne vaporize

toda ilusão

que a vida só consome

o que a alimenta.

(GULLAR, 1987/2013)

 

Aceitação não significa adotar um comportamento passivo e derrotista, mas sim uma postura mais positiva e íntegra de interação com o próprio conteúdo psicológico. A ACT fundamenta-se no entendimento de que tentar esconder ou controlar a dor apenas a reforça. Sendo assim, devemos cultivar a atenção plena – mindfulness, uma técnica milenar de meditação – para vivenciar o momento presente com propósito e sem julgamentos. 

Figura 1.2 Mindfulness.
Figura 1.2 Mindfulness.

Em um mundo cada vez mais dinâmico, onde somos impulsionados a manter em dia inúmeros compromissos e buscar sempre novas conquistas, a luta diária muitas vezes nos afasta do que é de fato relevante para nós.

Existem, porém, diversas metáforas e técnicas eficientes para identificar valores pessoais: questionar alguém sobre seus heróis e daí descobrir as qualidades mais admiradas pela pessoa, ou ainda perguntar o que gostaria que fosse escrito em seu epitáfio ou como acredita que as pessoas falariam sobre ela em seu funeral (HAYES et al., 2007). Steven Hayes sugere ainda outra técnica específica para lidar com o sofrimento persistente:

  • Tente lembrar-se de um sentimento difícil e familiar que frequentemente invade seus pensamentos.
  • Em uma folha de papel em branco, escreva resumidamente qual e como é esse sofrimento. Observe o que foi escrito e os efeitos disso em você.
  • Vire a folha e, no verso, escreva qual valor você deseja proteger desse sofrimento ou como acredita que ele pode prejudicar uma qualidade sua.
  • Leia o que você escreveu e questione se, ao tentar evitar o sofrimento do outro lado da folha, você chegou a suprimir esse atributo seu.
  • Sem virar a folha, escreva como você preferiria lidar com o sofrimento do outro lado.
  • Imagine-se agora o mais jovem possível e identifique em que momento essa dor tornou-se presente na sua vida. Qual conselho você daria a si mesmo naquela época?
  • Há algo que você possa fazer agora mesmo para melhorar a situação? Alguma coisa que você abandonou ou pretende começar a fazer? Registre isso também.
  • Releia os dois lados da folha e note como seus sofrimentos e qualidades são complementares, e não opostos.

Desentendimentos, privações, perdas, lutos, depressões e angústias eventuais podem e devem ser encarados para avançarmos emocionalmente. Para isso, a FELLIPELLI oferece valiosas ferramentas de assessment nas áreas de tipos psicológicos, autoconhecimento, inteligência emocional e diversas outras. Consulte-nos!

Para saber mais:

  • Resgate emocional: Como trabalhar com suas emoções e transformar o sofrimento e a confusão em energia que te fortalece. Dzogchen Ponlop. Editora Lúcida Letra, 2018.
  • Sem lama não há lótus: A arte de transformar o sofrimento. Thich Nhat Hanh. Editora Vozes, 2019.
  • Você sofre para não sofrer? Desautorizando o sofrimento prêt-à-porter. Jorge Forbes. Editora Manole, 2017.

 

Referências bibliográficas

  • PSYCHOLOGICAL SCIENCE, 2019. Why Love Literally Hurts. Acesso em: 30/12/2019.
  • CORTELLA, Mario Sergio. Por que fazemos o que fazemos? Editora Planeta, 2016.
  • IASP, 2019. Acesso em: 30/12/2019.
  • LENT, R. (2001). Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Ateneu.
  • ANGELOTTI, G. (2001). Dor crônica: aspectos biológicos, psicológicos e sociais. In V. A. Angerami-Camon (Org.),Psicossomática e a psicologia da dor (pp. 113-120). São Paulo: Pioneira.
  • SKINNER, B. F. (1993). Ciência e Comportamento Humano(J. C. Todorov, & R. Azzi, Trads.). São Paulo: Martins Fontes (Trabalho original publicado em 1974).
  • FABIO, Caio. O que o sofrimento ensina: lições oferecidas por dores inevitáveis. Editora Academia, 2018.
  • HAYES, S. C., & SMITH, S. (2005). Get out of your mind and into your life: The new Acceptance and Commitment Therapy. Oakland, CA: New Harbinger.
  • CALÇADO, Thiago. O sofrimento como redenção de si: Doença e vida nas filosofias de Nietzsche e Pascal. São Paulo: Paulus, 2012.
  • Friedrich. A Gaia Ciência. Tradução Antônio Carlos Braga. 3. Ed. – São Paulo: Editora Escala.
  • NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral: uma polêmica. 4ª reimpressão. Trad. Paulo César de Sousa. São Paulo: Companhias das Letras, 2002.
  • REMEN, Rachel Naomi. As Bênçãos do Meu Avô. Editora Sextante, 2001.
  • HAYES, Steven C.; STROSAHL, Kirk D.; WILSON, Kelly G. Acceptance and Commitment TherapyThe Process and Practice of Mindful Change. The Guilford Press, 2016.
  • GULLAR, Ferreira. Barulhos. Editora Jose Olympio, 1987/2013.
  • HAYES et al., 2007. Luoma, J. B., Hayes, S. C., & Walser, R. D. (2007). Learning ACTAn acceptance and commitment therapy skills-training manual for therapists. New Harbinger Publications. Acesso em: 30/12/2019.

 

Temas: Inteligência Emocional, EQ-i 2.0.

Subtemas: Compreendendo o papel fundamental do sofrimento no processo de autoconhecimento.

Objetivo: Autoconhecimento, Autodesenvolvimento, Coaching, Desenvolvimento Pessoal.

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