Mundo Corporativo Ser aprendiz ou professor?
Texto de Carlla Zanna – Transformação Consultoria

De acordo com o sociólogo e teórico político Benjamin R. Barber (1939-2017) uma das várias maneiras de segmentar as pessoas no mundo é dividindo-as entre aprendizes e não aprendizes.

A professora e pesquisadora da Stanford University, Carol Dweck estudou profundamente essa questão e concluiu que lidamos com nossas questões diárias a partir de duas estruturas de pensamento, uma mais conservadora que ela chamou de mentalidade fixa e outra mais flexível, a mentalidade de crescimento.
Segundo ela, quem age a partir da mentalidade fixa aceita seus limites com resignação ou acredita ser tão inteligente e capaz que não há a menor necessidade de aprender coisas novas. Por outro lado, aqueles que agem a partir da mentalidade de crescimento são capazes de experimentar, pois se consideram eternos aprendizes frente ao reconhecimento do próprio potencial. Sendo assim, o “modelo mental” não é um mero traço de personalidade, ele representa a forma como lidamos com o mundo. Conhecê-lo pode explicar por que algumas pessoas são otimistas e outras pessimistas, porque alguns de nós são bem-sucedidos e outros não. Pode indicar a maneira como educamos nossos filhos ou nos relacionamos com o trabalho.

VOCÊ PREFERE A ESTABILIDADE DO CONHECIDO OU O “DESCONFORTO” TEMPORÁRIO DO NOVO?

Todos nós temos ambas mentalidades a nossa disposição, a questão é saber qual delas está mais frequentemente a nossa disposição. Garantir altos padrões de desempenho requer uso constante da mentalidade de crescimento, pois é ela que nos instiga a superar nossos limites. Além disso, as pessoas com mentalidade de crescimento mais proeminente se comportam de maneira accountable, agindo como protagonistas da própria vida, encarando seus medos e celebrando conquistas. Isso estimula motivação e eleva a produtividade pessoal.

Segundo a Harvard Bussiness Review, pessoas que desenvolvem mentalidade de crescimento, ou seja, possuem mindset propício a exploração do seu máximo potencial são:

• 47% mais propensas a dizer que seus colegas são dignos de confiança
• 34% mais propensas a ter um forte sentimento de compromisso e propriedade em relação a empresa
• 65% mais propensas a dizer que a empresa apoia a tomada de risco e
• 49% mais propensas a dizer que a empresa encoraja a inovação.

(créditos ao autor no início do texto)